quarta-feira, outubro 03, 2007

Portel em Noticias


Área grilada ó maior do que reserva

A área de terras públicas griladas é um milhão de hectares maior do que a reserva ambiental a ser criada pelo governo na margem esquerda da estrada Cuiabá-Santarém (BR163), na região em que a missionária Dorothy Stang foi assassinada. — Um dos aspectos mais nefastos desse tipo de crime é que, além da apropriação do patrimônio público, os grileiros privam o Estado de dar uma destinação social a essas áreas, para resolver o problema fundiário -diz o procurador estadual o Carlos Lamarão. — Há 30 anos estamos tratando de do um fantasma quando precisamos cuidar dos vivos. Processos no Instituto de Terras do Pará indicam que a fraude em nome do fantasma é a maior em extensão territorial, mas há outras do mesmo calibre.
Na região de Anapu e Altamira há casos iguais de multiplicação de terras: propriedades de quatro mil hectares foram transformadas em áreas de até sete milhões de hectares, com base em contratos de arrendamento.
— São situações absurdas. Um negócio desses só é comparável à venda do Pão de Açúcar ou da Torre de Eiffel — diz Lamarão.

Outro exemplo da anarquia fundiária em que se encontra o Pará é o volume de registros nos cartórios dos municípios de Breves e Portel. Eles têm 125 mil pessoas sobre 35 mil quilômetros quadrados de solo. Levantamento feito pelo Iterpa sobre um conjunto de 700 títulos registrados em cartórios da região indica que a extensão total das propriedades equivale ao dobro da área real, somada, desses dois municípios.

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