sexta-feira, agosto 31, 2007

Pará- Repositório Brasileiro de Topônimos Portugueses
A história nos ensina que os portugueses foram os primeiros estrangeiros a habitar o Pará.
Em sua expansão pelo norte do Brasil, os portugueses buscavam reagir, com um baluarte colocado na entrada da bacia amazônica, às incursões dos piratas franceses, ingleses e holandeses.

E em 1616 o português Francisco Caldeira Castelo Branco ergueu o fortim do Presépio ao redor do qual surgiu o núcleo que posteriormente se transformou na cidade de Santa Maria de Belém do Grão-Pará, hoje Belém.

O local escolhido, além de oferecer excelente abrigo à navegação, proporcionava acesso franco a toda a Amazônia.

Até meados do século XIX a cidade Santa Maria de Belém do Grão-Pará iria permanecer na obscuridade, não manifestando senão um progresso muito lento e reduzido.

Foi a partir de 1867, quando se deu a abertura do rio Amazonas à navegação internacional, e principalmente depois que se instaurou na região amazônica, já em fins do século XIX, o grande surto econômico da borracha, que seu desenvolvimento ganhou ímpeto e a cidade se viu transformada em grande metrópole e no entreposto de toda a região norte do país, passando a ser chamada apenas Belém.

Belém, hoje é uma cidade moderna com belos edifícios e amplas avenidas não descurando da preservação de seus monumentos históricos tais como as igrejas de estilo barroco, o famoso Teatro da Paz , mansões, ruas e o casario do tempo colonial. Não é mais a cidadezinha de Santa Maria do Grão-Pará, hoje é uma moderna metrópole com mais de 1.500.000 habitantes.

Voltando ao título que deu origem a este pequeno estudo, podemos dizer que Belém é um nome bem sugestivo e de origem lusitana, pois em Lisboa existe a famosa Torre de Belém e o famoso bairro ocidental da capital portuguesa, com esse nome, onde jazem os restos mortais de Camões, de Vasco da Gama e de muitos reis portugueses.

Os intrépidos e aventureiros portugueses partindo de Belém subiram os rios da Amazônia e navegando no grande rio e seus afluentes fundaram inúmeras cidades às quais davam quase sempre os nomes de locais do país de sua origem, Portugal.

Não podemos nos esquecer que também exploraram o litoral norte do Pará até a famosa ilha de Marajó e denominaram diversas cidades litorâneas com nomes de cidades e localidades portuguesas como VISEU, BRAGANÇA, São Caetano de ODIVELAS, PORTEL e outras.

Voltando-se para o interior paraense penetraram nas densas florestas tropicais que têm como único caminho de acesso os grandes rios, quase todos navegáveis e que apesar de caudalosos suas águas são calmas em razão da baixa declividade de seus leitos, facilitando muito à navegação fluvial daquela época.

Os portugueses em seu arraigado instinto de conquista iam fincando nas margens desses rios, a maioria das vezes tributários do grande rio Amazonas, povoados e aldeias que se transformaram em cidades, dando-lhes quase sempre, nomes não só de origem indígena, mas também das cidades e povoados de além mar de onde vieram.

Assim, percorrendo os caminhos fluviais, únicas vias existentes, os valorosos portugueses em pequenas e simples canoas ou em pirogas indígenas conseguiram chegar aos mais longínquos pontos do estado do Pará a partir da cidade de Belém até muito além do estado do Amazonas e em suas margens férteis fundaram inúmeras cidades, vilas e aldeias dando-lhes nomes de origem portuguesa tais como ALENQUER, ALMEIRIM, ALTAMIRA, ALTER DO CHÃO, AVEIRO, BELTERRA, BENEVIDES, BREVES, CHAVES, FARO, MELGAÇO, MONTE ALEGRE, ÓBIDOS, OEIRAS DO PARÁ, OURÉM, PORTEL, PORTO DE MOZ, SANTARÉM, VIGIA, além dessas citadas localidades há ainda muitas outras que são chamadas de vilas, distritos, comunidades ou departamentos que levam o nome de origem portuguesa.

Os portugueses explorando as riquezas do Brasil e nele se fixando definitivamente nos legaram a sua bela língua, sua religiosidade, seus costumes, sua cultura, o Humanismo Lusíada e mostrando a sua lusitanidade nos deram o exemplo de seu grande amor à pátria distante ao dar nomes de seus locais de origem às cidades que fundavam.

terça-feira, agosto 28, 2007


NiL
Seu Castelo
Oi pessoal.
Na infância, durante muitos anos, fui vizinho de uma família ilustre, os "Gonçalves". Quem não lembra da Rita, Neyres, Tangará?! Todos muiiito amigos e super engraçados...Mas o que seria desse clã não fosse seu ilustríssimo patriarca, sr. Castelo? Reza a lenda que o seu Castelo virava lobisomem e ía uivar no cemitério nas noites de lua cheia. Puro Folclore. Quem conhece este sr. desde a infância sabe que ele é um grande homem, esquentadinho eu sei...mas também, um verdadeiro LORD. Quem nunca cruzou com ele pelas avenidas caminhando elegantemente, com o seu chapéu proeminente e sua bangala "multi", que não serve apenas como apoio, mas também como arma contra os cães, que fogem dos pregos afiadíssimos na sua ponta inferior...rs...Ao meu ver, o seu Castelo deveria ser homenageado em vida com o Título de Cidadão Honorário Portelense, pois além de um morador ilustre é uma lenda viva.
Fica aqui a registrada, minha admiração por esse senhor que pode passar desapercebido por muitos ao se abrigar do sol no seu toldo verde de flores vermelhas na Av. Floriano Peixoto, mas que pra mim, representa um exemplo de vida e de respeito.

Como sabemos, Portel tem outras figuras ilustres, lendárias e até mesmo folclóricas. Alguém aí conhece alguma delas?
Que tal compartilhar com a comunidade?

# N*I*C*Á*C*I*O
Seu Castelo. Eu lembro da história de que ele virava lobisomen.As crianças morriam de medo dele.Realmente, merece uma homenagem.
preto
Seu castelo pode cre
a gente passa pela rua e de repente encontra-se o seu castelo e canta uma musica pra ele que diz assim Meu castelo de sonho vc e minha rainha. Ele responde: quando seu pai morrer a sua mãe vai ser minha rsrsrs

Thiago
Égua pode crê ! ! !
Lembro dessas histórias do seu Castelo..lembro também que eu passava correndo na frente da casa dele..hauAHUahuHAUa..claro quando eu era piralho!

Céi@ Souz@
lembro-me dessas histórias sobre seu castelo e concordo com vc nill, seu castelo merece ser homenageado afinal são pucas pessoas que realmente fazem história em portel que são lembradas por gerações.

segunda-feira, agosto 27, 2007


Os 30 maiores exportadores da Região Norte (municípios)-acumulado janeiro a julho/2007
01-Barcarena-PA..................................1.230.026 (07)
02-Parauapebas-PA..............................1.052.912(13)
03-Manaus-AM.......................................488.73(38)
04-Marabá-PA........................................283.719(61)
05-Canaã dos Carajás-PA.........................226.811 (76)
06-Belém-PA..........................................195.833 (82)
07-Almeirim-PA.......................................115.454 (116)
08-Ananindeua-PA....................................92.836 (137)
09-Oriximiná-PA........................................89.287 (138)
10-Santarém-PA.......................................41.055 (243)
11-Breves-PA...........................................32.501 (291)
12-Castanhal-PA.......................................30.626 (307)
13-Pedra Branca do Amapari-AP...................28.652 (323)
14-Breu branco-PA....................................26.413 (343)
15-Paragominas-PA...................................25.511 (353)
16-Vilhena-RO..........................................24.689 (361)
17-Santana-AP........................................22.216 (375)
18-Marituba-PA........................................20.320 (384)
19-Jaru-RO..............................................17.446 (424)
20-Gurupi-TO...........................................16.772 (430)
21-Fortaleza do Tabocão-TO.......................14.996 (452)
22-Xinguara-PA........................................14.160 (468)
23-Pedro Afonso-TO..................................13.954 (469)
24-Campos Lindos-TO................................12.515 (498)
25-Portel-PA............................................12.010 (503)
26-Ji-Paraná-RO.......................................11.541 (511)
27-Ariquemes-RO......................................11.204 (520)
28-Rolim de Moura-RO................................ 8.914 (567)
29-Guaraí-TO............................................8.767 (568)
30-Santa Bárbara do Pará-PA.......................8.415 (580)

domingo, agosto 26, 2007

Caxiunã: lugar onde ciência e natureza se encontram
Por Antonio Soares, Cintia Soares, Graça Ferraz, Rosa Paes e Socorro Silva:

Caxiuanã é a mais antiga Floresta Nacional (FLONA) brasileira, criada em 1960 em área pertencente aos municípios de Portel (70%) e Melgaço (30%), localizados na região do arquipélago do Marajó, no Estado do Pará. Trata-se de uma área preservada de floresta tropical, com 300.000 ha, que possui alguns dos ecossistemas naturais mais representativos da região amazônica, como floresta de terra firme, igapó e várzea. Com apoio do governo britânico, o Museu Paraense Emílio Goeldi, a mais antiga instituição de pesquisa atuando na Amazônia (141 anos) e braço do Ministério da Ciência e Tecnologia na região, inaugurou em 8 de outubro de 1993 na FLONA, às margens do rio Curuá, uma base física com 3.000 m², com laboratórios, restaurante, biblioteca, auditório, enfermaria e alojamentos para 40 pessoas. Denominada Estação Científica Ferreira Penna (ECFPn), em homenagem ao idealizador do Museu Paraense, sua implantação só foi possível graças a convênio firmado entre o Museu e o IBAMA. Nestes 14 anos de operação, a ECFPn vem se consolidando como um grande laboratório vivo de pesquisa sobre a sócio e biodiversidades amazônicas, onde são realizados trabalhos e cursos de campo em nível de graduação e pós-graduação; projetos experimentais; treinamentos, seminários e reuniões científicas; visitas orientadas; dissertações de mestrado e teses e doutorado, todas estas fortalecidas por meio de parcerias que o Museu Goeldi vem construindo com organismos nacionais e internacionais. A nível regional, além do IBAMA, o Museu desempenha suas ações em Caxiuanã principalmente com apoio das prefeituras de Portel, Melgaço e Breves; das Universidades Federal do Pará, do Estado do Pará, da Amazônia e Rural da Amazônia; da EMBRAPA Oriental; do Instituto Evandro Chagas; da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia. A renovação do convênio entre o Museu Goeldi e o IBAMA, em 2003, ampliou a área de atuação do MPEG para todos os 330 mil hectares da FLONA. A Estação dista de Belém cerca de 400 Km em linha reta e, para se chegar até lá, são necessárias 12 horas de viagem até Breves, em barco de linha, e mais nove horas de Breves até Caxiuanã, em barco do Museu Goeldi. Devido a essa distância e outras peculiaridades regionais, o Museu mantém uma base de apoio na Cidade de Breves/PA, que funciona como entreposto entre Belém e a Estação em Caxiuanã. O Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) lançou em 2004 um edital de apoio à pesquisa em Caxiuanã, visando transformar a Estação Científica Ferreira Penna em um grande laboratório nacional para formação de recursos humanos, realização de pesquisa científica e a conservação de florestas tropicais. Como resultado, várias teses de mestrado e doutorado vêm sendo produzidas e o número de visitantes/ano na Estação atingiu a marca de 1.000 em 2006. Atualmente, cerca de quarenta projetos são desenvolvidos na ECFPn, nas áreas de botânica, zoologia, ciências da terra, ecologia e ciências humanas. Merecem destaque os grandes projetos de interesse direto do MCT na região amazônica como o LBA, que estuda os impactos da mudança no uso do solo e as conseqüências no clima e na ecologia da região; o PPBIO, que pretende ampliar o conhecimento sobre a biodiversidade na Amazônia, e o projeto TEAM, coordenado pela Conservação Internacional, com o objetivo de monitorar a biodiversidade regional e global em florestas tropicais, e cujos sítios estão localizados em diversas áreas de floresta tropical pelo mundo, sendo Caxiuanã um deles. Projetos individuais e institucionais de menor porte, porém com resultados de alta relevância, também são realizados na Estação Científica Ferreira Penna. A fim de atender a exigências do Plano de Manejo da FLONA o Museu Goeldi criou, em 1997, o Programa de Desenvolvimento Sustentável Floresta Modelo de Caxiuanã, com o propósito de estabelecer a interface entre a pesquisa científica e os moradores da região. Os resultados das pesquisas realizadas nestes anos na FLONA de Caxiuanã foram concentrados em dois livros da série “Caxiuanã”, criados com a intenção de tornar público os estudos realizados na ECFPn. Já existe material suficiente para a edição do terceiro volume, onde várias descobertas de espécies novas de plantas, animais e organismos que não haviam sido identificados antes em toda a América Latina serão tornadas acessíveis ao público em geral. O conhecimento produzido na ECFPn também resultou em mais de 500 publicações especializadas nas áreas de Botânica, Zoologia, Ecologia, Climatologia e Ciências Humanas, dentre elas: 81 artigos científicos publicados em revistas científicas nacionais e internacionais; 280 resumos e trabalhos completos apresentados em seminários, workshops, congressos e reuniões cientificas; 21 monografias de graduação, três de especialização; 16 teses de doutorado; 38 dissertações de mestrado; quatro livros; 104 capítulos de livros e duas cartilhas educativas. Portanto, ao completar 14 anos, a Estação Científica Ferreira Penna consolida cada vez mais a missão institucional e contribui para firmar o Museu Goeldi como Centro de Excelência em produção e divulgação científica na Amazônia. Para mais informações acesse o portal do Museu Goeldi na internet no endereço www.museu-goeldi.br.

 
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